// Apresentação


A Leader Oeste é uma Associação privada sem fins lucrativos criada em 1994 e sedeada na vila do Cadaval, distrito de Lisboa, região NUTS III Oeste. Trata-se de uma organização cujo objecto social é, resumidamente, levar a cabo acções de dinamização no sentido do desenvolvimento local das freguesias mais rurais da região Oeste. Neste sentido, o trabalho desenvolvido por esta organização tem estado centrado na implementação de projectos sociais, culturais e económicos que privilegiam os actores do meio local rural do Oeste.

Os seus actuais 64 associados são todos pessoas colectivas com sede ou influência de acção na região Oeste. Indo ao encontro do seu objecto e tendo como base de operacionalidade os processos de desenvolvimento local onde a parceria é uma parte incontornável (Serafim, 1999), esta organização procura, desde da sua génese, ser representativa dos diversos sectores socio-económicos do Oeste. Este aspecto de rede regional representativa das dinâmicas locais/regionais é uma característica da LeaderOeste que nem sempre é possível de comparar com outras ADL – Associações de Desenvolvimento Local, uma vez que a riqueza das dinâmicas associativas formais no Oeste é das mais relevantes em Portugal, como tem sido tratado por diversos autores, (Ferreiro, 1993, Campos, 2001).

Ao nível intra-regional esta característica é tanto mais relevante quanto é verdade que existem outras associações regionais mais antigas e situadas em meios urbanos, portanto mais massificadas em termos de aderência, que não têm esta característica de representatividade pluri sectorial.

O facto do seu objecto ser agregador e colocar os interesses sectoriais de cada organização associada num patamar de igualdade onde se visa atingir fins colectivos e de cariz regional, também deverá contribuir para consubstanciar esta característica.

Regionalmente a Leader Oeste distingue-se por ser gestora do programa Leader e em função deste facto ser uma organização procurada pelos mais diversos agentes regionais pelo facto de apoiar financeiramente, e a fundo perdido, projectos que lhe sejam apresentados, elegíveis ao abrigo destas iniciativas da União Europeia.

A associação tem um papel de serviço público que desempenha dentro de uma lógica funcional do associativismo de direito privado, constituindo-se assim como uma organização diferente de outras organizações regionais, que podendo ser de direito publico, não possuem a mesma combinação de características.

Esta diferença é essencial na análise organizacional uma vez que perante os públicos que procuram os seus serviços, esta característica aproxima-a dessa procura. Isto é, a abordagem técnica que esta associação demonstra quotidianamente, facilita o acesso das populações dos meios rurais, mais do que as dos meios urbanos, quer pela via da proximidade quer pela via da personalização do atendimento privado suportado por uma lógica pública que esta pratica. Esta lógica, que é uma lógica de proximidade, faz com que seja procurada pela população e/ou diversos tipos de organizações regionais/locais, para esclarecimentos técnicos e/ou administrativos que são desempenhados pelos serviços da administração pública desconcentrada.

Esta característica de substituição das funções dos serviços públicos está presente na maioria das ADL gestoras do programa Leader, de acordo com os dados da Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local – Minha Terra.

Os objectivos desta organização no curto prazo, tal como acontece com a maioria das ADL Leader, vão de encontro com esta vocação de complemento aos serviços públicos. O programa Leader tem financiado as ADL gestoras do Leader, tendo também como objectivo ensaiar novas formas de descentralização da Administração pública. O programa comunitário transcende os limites da gestão dos fundos na implementação de projectos e torna-se assim parte da actividade quotidiana das ADL. Consequentemente, estas transformaram essa prática quotidiana numa característica da sua identidade e dos seus objectivos de curto prazo.

Tendo como princípio orientador esta prática resultante de uma contratualização público – privada, a LeaderOeste, tal como as restantes ADL gestoras do programa Leader, reivindicam maior reconhecimento desta pratica no médio prazo, quer pela via de atribuição de um estatuto às ADL, que a Federação Minha Terra tem vindo a desenvolver ao abrigo de um projecto denominadoSementes de Futuro, quer pela via de um reforço financeiro que compense estas organizações pelo custo efectivo que a sociedade civil disponibiliza na melhoria da qualidade dos serviços públicos que complementa.

José Ferreira Coutinho

Leader Oeste - Coordenador do GAL 
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